terça-feira, fevereiro 28, 2006

Voltar ou nao voltar?


Estava no messenger conversando com um amigo que mora no Brasil. Ele me perguntou se eu pretendia um dia voltar para o Brasil... e eu respondi o que eu sempre pensei: sim, pretendo voltar para o Brasil em 2 ou 3 anos para poder trabalhar lah.... Ai ele me respondeu: "acho que vc nao vai se acostumar mais aqui..."

Morar nos Estados Unidos para o resto da minha vida nunca foi minha prioridade. Sempre penso que estou aqui para adquirir experiencias profissionais e tenho vontade de aplicar os meus conhecimentos no Brasil, onde eu nasci, cresci e fui educada, e principalmente, onde a minha familia mora!

Mas a inseguranca do retorno tambem me incomoda.... vai ter que ser uma decisao tomada com muita calma.... Pois jah estou fora do Brasil desde 2001. Muitas coisas devem ter mudado em todos os sentidos. Tambem tenho a consciencia de que a gente soh sente saudades das coisas boas da nossa terra... e se esquece das ruins...
Terei que colocar tudo na balanca e analisar.

Coincidentemente, essa semana recebi um artigo que fala exatamente sobre isso. Engracao de que texto me "relembrou" (pois eu jah tinha aprendido no passado, mas tinha esquecido) de que essa minha inseguranca eh um processo natural de adaptacao das pessoas a um ambiente novo.
Eh... vivendo e aprendendo e reaprendendo... sempre!

Enfrentando as mudanças (Por Juliana Melo)

Ficar cara-a-cara com os conflitos que envolvem morar num país estrangeiro ou retornar ao Brasil facilita a adaptação ao novo. Em São Paulo, Instituto de Psicologia da USP oferece apoio a pessoas que vão viver ou já viveram no exterior.

Mudar para o exterior ou retornar ao país de origem após viver alguns anos fora não é uma decisão muito fácil. Se por um lado, aventurar-se num país desconhecido traz realização financeira e novas experiências, por outro, envolve a separação de familiares, amigos e a revisão de valores pessoais e culturais. A mudança nem sempre acontece de forma natural e pode causar arrependimento, estresse e ansiedade. "Em casos mais graves, quando a pessoa está despreparada, pode levar até à depressão", explica a psicóloga Sylvia Dantas DeBiaggi. Sylvia é coordenadora do Serviço de Orientação Intercultural da USP, um ambulatório que auxilia gratuitamente aqueles que planejam mudar para o exterior, e imigrantes que retornaram ao Brasil. "Nossa proposta é clarear as idéias das pessoas em relação às mudanças, orientando-as a lidar de forma natural com os sentimentos gerados pela imigração ou pela volta à sua terra natal". Segundo a psicóloga, a maioria das pessoas que procura o atendimento sabe que ao entrar em contato com outra cultura sofrerá influências na forma de pensar, de sentir e de agir, mas não entende muito bem como lidará com esses sentimentos. Os pacientes são colocados frente-a-frente com sua decisão. "Ele terá oportunidade de refletir sobre sua escolha e pensar nas conseqüências, como a saudade, os conflitos de identidade, as dificuldades de adaptação, enfim, etapas que podem ser facilmente vencidas, desde que a pessoa esteja preparada".
As armadilhas da imigração
A publicitária Ana Caroline Barreto estava tão empolgada com a idéia de morar em Nova York que não conseguia pensar em mais nada. "Logo que cheguei foi um corre-corre. Estava preocupada em me instalar na nova casa, arrumar um emprego e fazer a América", conta. À medida que o tempo foi passando, a realidade veio à tona. Caroline passou a detestar os períodos em que não estava trabalhando: "nas horas livres, só pensava em voltar para o Brasil; achava as pessoas frias demais, tive insônia e tinha a impressão que estava pagando um preço muito alto pela minha escolha".
O caso da publicitária é uma das tantas armadilhas psicológicas da imigração. "Depois que o período de empolgação passa, os conflitos e questionamentos aparecem", fala Sylvia. "A confusão emocional é normal e acontece com muitas pessoas que imigram, como resposta às dificuldades de adaptação, à saudade da família, aos riscos de trabalhar ilegalmente num país desconhecido", explica. De acordo com a coordenadora, não são raros os casos de pessoas que procuram o Serviço de Orientação Cultural com uma motivação frágil para sair do Brasil. "Há quem resolva morar no exterior para fugir de situações complicadas, como violência e problemas de família, encarando o distanciamento como solução", fala. A psicóloga explica que a idealização é a grande vilã na vida desses imigrantes. "Pensam que no Brasil vai ficar tudo de ruim e no exterior os problemas serão solucionados; mas infelizmente, as coisas não são bem assim", diz. "Fazer uma opção consciente, pesando as perdas e ganhos da escolha e avaliando os reais motivos da imigração é a melhor forma de escapar das frustrações no futuro".

A volta para o Brasil
Retornar é uma nova migração. Já não se é mais aquele que foi e o que ficou também mudou. "A migração de retorno constitui uma experiência estressante", enfatiza. Muitas vezes, a família é motivo de conflito e decepção, e o contraste entre o sistema americano e brasileiro emerge como fator contribuinte à difícil readaptação no país natal. "Você está voltando diferente, e a maneira das pessoas te verem também é diferente". Foi o que sentiu Mauro Luiz Cerqueira no início de abril, quando retornou ao Brasil após passar 5 anos em Connecticut. "Me senti deslocado dentro da casa dos meus pais; as pessoas já não eram as mesmas e houve muita cobrança em relação à minha condição financeira, pois todos achavam que eu tinha que ter voltado rico depois de morar tanto tempo nos Estados Unidos", brinca. Apesar do bom-humor, Mauro teve que procurar ajuda psicológica para lidar com as mudanças. "Por mais que tenha sentido dificuldades quando me mudei para a América, a volta foi pior. No começo, estava desempregado, então passava o dia dentro de casa, sentindo que estava `sobrando'. Pra agravar mais a situação, me sentia mal por sentir saudades dos Estados Unidos e querer deixar aquele `mundinho' familiar o mais rápido possível". Querer voltar por acreditar que está se encaixando melhor no exterior do que no Brasil é novamente um processo de adaptação. "É no retorno que a pessoa se dará conta do quanto mudou. E isso gera confusão: quem sou eu? Apesar de nos Estados Unidos eu ser visto como estrangeiro, é no Brasil que me sinto estrangeiro", exemplifica a psicóloga, destacando que essa é uma das causas do estresse do retorno.
Para quem volta pra casa, enfrentar uma situação de frustração, como ficar desempregado, remete ao projeto de reimigração. "A parte negativa de viver no exterior fica esquecida, e a parte positiva, enaltecida". O mesmo acontece com a família. "Quando se está longe, a família fica ótima, só que ao retornar, a situação é outra, pois todos têm diferenças e problemas". É possível enfrentar tudo isso sozinho? Segundo Sylvia DeBiaggi, a resposta é sim. É possível enfrentar todas as mudanças da imigração, sem que seja necessário buscar auxílio de especialistas. "O imigrante precisa ter consciência das implicações que sua decisão terá no seu dia-a-dia e entender que os conflitos fazem parte da adaptação ao novo ou ao velho ambiente".

No Serviço de Orientação
Intercultural da USP, a proposta é que os psicólogos atuem como facilitadores no entendimento do processo gerado pela mudança. "São profissionais que possuem vivência no assunto, porque são descendentes de imigrantes ou porque já moraram no exterior, e entendem perfeitamente o que os pacientes estão passando", ressalta. No atendimento a grupos de imigrantes retornados, a equipe trabalha as questões que motivaram a ida para o exterior, as redes sociais do Brasil e dos EUA, os vínculos que se formaram no exterior e que se desfizeram ou estão se desfazendo, aculturação psicológica, valores, formas de ser e pensar, vivências e integração dos dois mundos. "As pessoas ficam muito aliviadas ao perceberem que isso é um processo natural pelo qual a maior parte das pessoas passa", diz Sylvia. "No grupo, percebem que outras pessoas também estão passando por esse momento de conflito, que não estão sozinhas, e que é um processo natural da vivência intercultural", finaliza.

The Bachelor in Paris











Hoje foi a final do episodio The Bachelor e a sortuda foi essa da foto, Sarah, a professora do jardim/pre, da mesma cidade do Dr. Travis, o Bachelor. Desde o primeiro dia, nao sei pq estava torcendo por ela. Me passou uma impressao de que ela era a unica que nao estava "atuando"....
A final foi emocionante... eu fiquei na duvida ateh o finalzinho quem iria ser escolhida: a misteriosa Moana ou a perfeita professora Sarah.
O show acabou... e fiquei com aquele gostinho de quero mais... mas acho que logo logo eles comecam um outro!
Vamos desejar sorte para o mais novo casal!

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Words of Wisdom for Women



Ganhei este livro no amigo secreto que participei no ano passado. Procuro ler uma pagina por dia antes de dormir para me dar paz e inspiracao para o dia seguinte. Ontem a noite eu li esta mensagem. Gostei!

ENGAGE

Engage fully in life.

No matter what you do, be present, hold your heart open and your mind will follow. Join a women's circle, a couples' circle, a neighborhood circle, a global circle. Talk to people, write to people, fax, e-mail, and page people. Share ideas and experiences with new friends, old friends, strangers. When something tickles you, laugh out loud. When electricity runs through a crowd, catch the fever. Go to meetings and speak your mind. Listen to live music whenever you can - or perform it. Support local artists- or be one. Read, vote, comment, protest, question, participate. There are a thounsand ways to engage in life. Just pick one. Get out of your chair and out of your house. Ask someone to give ou a boost. Get engaged now - and be wedded to life.

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Meu pensamento hoje...

“O amor volta à moda”
De repente, todo mundo desandou a falar de amor, a botar a palavra amor em título de livro ou filme, a musicar, desenhar, cantar amor. Amor é um produto em alta. E as pessoas se perguntam, será que ele voltou à moda? Bobagem. Só pode voltar quem esteve ausente. E o amor, sentimento nosso de cada dia, nunca se afastou um passo, nunca saiu do uso corrente......Mas o que ele pode realmente nos dar?Do amor diz-se que é muito bom quando começa, mas que acaba invariavelmente assassinado pela convivência. E diz-se também que não há exaltação sexual capaz de resistir a anos de repetição do mesmo cardápio erótico. Passam-se essas frases adiante com convicção, mas sem muita análise.Na verdade, o que mata o amor não é a convivência. Se fosse, teríamos nas mãos a mais cristalina das soluções: bastaria não viver juntos. Mas os casais que não vivem juntos não são em absoluto mais felizes do que os outros, e nem de longe tão dourados. O que desgasta a relação é o tempo, exatamente como desgasta tudo o mais. Não por “envelhecimento” do sentimento, mas porque, modificando as pessoas interna e externamente, modifica os seus desejos, e a capacidade recíproca de satisfazer esses desejos. Essas modificações ocorreriam de qualquer maneira, independente da convivência, e significam que o perigo, para o amor, está localizado justamente onde colocamos também a sua maior qualidade: na duração....Nem a repetição mata o sexo. O que mata o sexo é o empobrecimento sexual. E convivência não significa necessariamente repetição empobrecedora. Pode significar aprimoramento, descobertas. O casal que se ama ao longo de anos não é sempre igual. Modifica-se nas crises, modifica-se na própria convivência. E as modificações são trazidas para a vida sexual. Seria preciso uma falta de imaginação impensável, para que um casal fizesse amor da mesma forma, noite após noite, durante toda a vida.Mais uma vez estamos nos aproximando do amor com excessivas exigências. Queremos que nos preencha onde o sexo descompromissado não nos preencheu. Que nos resolva onde o culto do eu não nos resolveu. Que nos dê a plenitude que as procuras místicas não nos deram. Que nos faça totalmente felizes, compensando ausências e frustações. Mas o amor não é um fenômeno isolado, aleatório, capaz de solucionar sozinho todos os problemas. È sentimento gerado por cada um, conforme a totalidade do comportamento, parte e decorrência do padrão de vida. Dificilmente uma existência toda cinzenta gera um amor estrelar. E dificilmente também recebemos do amor a imensidão que desejamos se, voltados só para ele, nos esquecermos de cuidar do principal, de enriquecer a vida em que o amor se origina.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Cheguei!!!

Ganhei este Blog da Claudia, no Dia do Valentine's Day.
Brigadinha, Clau!

Querid@s amig@s blogueiras: finalmente cheguei!
Ainda estou me familiarizando com este mundinho... volto logo pra contar as minhas historinhas...

beijinhos!